12.9.08

Mestre Yoga-Avatar


Perfil do abusador

Este é mais um documento de partilha sobre a nossa experiência nesta seita. Convidamos a ler e comparar o perfil do abusador espiritual e o do falso mestre de yoga da Associação Lusa do Yoga e dos seus fieis seguidores mais próximos.

Estamos longe de querer indicar ou dar sugestões a quem quer que seja, senão que cada um tire as suas próprias conclusões e possa seguir o seu caminho de vida pessoal em paz, em tranquilidade e serenidade, longe das influências das práticas más, das energias negras e dos desvios da linhagem do verdadeiro yoga samkhya.

O que a seguir apresentamos, são apenas resumos ou extractos de
sites que abordam esta questão de uma forma bem mais sistemática do que procuramos aqui noticiar.

A libertação está próxima e evita aceitar a alimentação do teu ego, da tua vaidade, pois esse é o primeiro domínio sobre ti daquele que se diz mestre do yoga .



As vítimas de líderes abusivos


O abuso da autoridade espiritual acontece quando um líder - alegando que tem um chamado específico de Deus UNIVERSO ou outro nome, nota do autor) – se aproveita pessoalmente da lealdade de seus seguidores. Ao confiar no líder, eles se tornam vítimas que terminam sendo usados para um fim egoísta. Desta maneira, a fé e a auto-estima dos seguidores acabam sendo machucadas no final.



O conceito de abuso de autoridade espiritual


O abuso de autoridade espiritual ocorre quando um líder - alegando ter um mandato específico de Deus - utiliza isto para manipular ou tomar vantagem de seus seguidores, a fim de satisfazer interesses pessoais.



Características de um líder abusivo


Faz os seus seguidores crerem que ao fazerem algo por ele, estão servindo a Deus em forma especial.


• Convence os seus seguidores de que se eles o abandonarem algum dia – a ele ou ao seu ministério -estariam traindo ao próprio Deus.


• Persuade os seus seguidores que enquanto estiverem servindo a ele, seus seguidores têm um ministério único, e que não há lugar para eles em outra área de serviço.


• Convence os seus seguidores de que ele recebe revelações específicas sobre a vida particular deles.


• Esforça-se em ter controle sobre todas as áreas da vida de seus seguidores.
• Interessa-se por qualquer informação particular de seus seguidores, especialmente seus pecados ou erros.


• Não delega a seus subordinados a faculdade de tomar decisões maiores.


• Pede sacrifícios que ele mesmo não esteja preparado a fazer.


• Faz compromissos econômicos unilaterais que põe em risco a estabilidade financeira do ministério.


• Fica lembrando aos seus seguidores os sacrifícios que ele faz para servir no ministério.
• É crítico de outros líderes e ministérios.


• Descreve-se a si mesmo como um líder exigente mas muito tolerante ao mesmo tempo.
• Exagera seus êxitos ministeriais.


• Faz os seus seguidores crerem que eles não estão se sacrificando o suficiente pelo ministério.


• Persuade os seus seguidores de que não lhe pagam ou que não lhe apreciam suficientemente.


• Trata de dissuadir qualquer contato entre algum dissidente e seus seguidores leais.



Características de uma vítima


• Envolver-se de tal maneira no ministério que descuida da sua família, seu trabalho e até da sua própria pessoa.


• Preocupa-se de forma crônica em agradar a seu líder.


• É incapaz de ver-se separado de seu líder ou do ministério.


• Recusa-se a compartir preocupações pessoais por temer que seu líder possa saber algo negativo a respeito dele.


• Interpreta o relacionamento com seu líder como o equivalente a um relacionamento ideal com um pai ou uma mãe.


• Faz enormes sacrifícios pelo bem-estar de seu líder.


• Sente que qualquer erro é primeiro uma ofensa a seu líder, e logo a Deus.


• Mete-se em discussões desnecessárias para defender a reputação de seu líder.


• Tem o sentimento crônico de que, quando se encontre com seu líder, sua vida inteira estará exposta diante dele.


• Se cometer um erro, sente a necessidade de pedir perdão a seu líder imediatamente.


• Perde a iniciativa e depende da aprovação de seu líder até em assuntos mínimos.


• Planeja seu dia em função do horário ou demandas de seu líder; os assuntos pessoais são relegados a um segundo plano.


• É muito crítico de outros líderes e ministérios.


• Tem a tendência de pensar, vestir-se, e falar como seu líder; às vezes de forma quase exagerada.


• Sente-se ressentido com Deus por não dar-lhe as mesmas «revelações» que seu líder parece ter.


• Tem enormes dificuldades em dizer «não» a seu líder.


• Quando está a sós, tem a sensação de que seu líder lhe observa.


• Aos poucos se converte em um inimigo ativo e crítico, quando passa a ser um dissidente.



Etapas de abuso entre a vítima e seu líder


Muito sucintamente, apontamos as etapas de relacionamento entre a vítima e o seu líder, a saber:

Negação, Justificação, Agressão, Crises, Racionalização, Aceitação, Síndrome de abstinência, Recuperação.

Outro documento retrata de uma forma mais sistemática ainda esta vertente das etapas de abuso entre a vítima e o seu líder:

Estágio Ação do abusador Resposta da vítima
Isolamento Recebe bem o recém chegado.
Adverte do perigo de associações (família, cônjuge, filhos, amigos).
Privado de suporte social, inicia total dependência ao abusador.
Adquire falso sentimento de segurança.
Confunde a realidade.
Monopólio de percepções Demonstra seu conhecimento superior e suas habilidades.
Intimida a vítima que não possui conhecimentos e habilidades, mas que pode adquiri-los associando-se ao abusador.
Perde auto-estima.
Duvida de suas capacidades.
Se auto-censura.
É consumido completamente por pensamentos introspectivos.
Exaustão física/mental Induz a vítima com tarefas exageradas e/ou exaustivas.
Estabelece padrões irreais de aceitação destas tarefas.
Torna-se fisicamente e emocionalmente muito frágil para resistir ou desafiar.
Perde a capacidade de racionalizar.
Ameaças Lembra o poder sobre as possibilidades futuras da vítima.
Adverte com estórias de predecessores que não aceitaram os padrões estabelecidos.
Cumpre com os padrões.
Demonstra ansiedade sobre cada ação executada.
Desespera-se por cada mudança na situação.
Cai em depressão.
Indulgências ocasionais Glorifica o trabalho da vítima em público. Acredita que finalmente encontrou o padrão estabelecido e que o padrão de abuso terminará.
Duvida que o abuso realmente aconteceu porque tudo parece bem no momento.
Confia no abusador por louvores posteriores.
Demonstra "omnipotência" Exercita controle total sobre a vítima, que é tida como possuida.
Tem expectativas tipo "leia minha mente".
Prega martírio pela filosofia e por ser indispensável à mesma.
Atribui à "vitimização" atitudes daqueles que desafiam seu comportamento abusivo.
Aceita a impotência.
Aceita o padrão abusivo do abusador como normal
Degradação Dissemina estórias depreciativas sobre a vítima através de insinuações, sugestões e/ou intimidações. Sente-se desgraçado e humilhado.
Perde qualquer resto de vontade em resistir.
Reforço de demandas triviais Continua a lembrar a vítima através de insinuação, sugestão e/ou intimidação, que deve continuar cumprindo com as demandas abusivas. Aceita o hábito da obediência


O manipulador relacional
Das 30, basta registar 10 características, é o que podemos ler noutro documento em castelhano, mais elucidativo ainda e do qual transcrevemos na língua original, a fim de evitar qualquer erro na tradução:

Podemos determinar 30 características, 4 de las cuales son consecuencia de las otras 26. Un individuo al que calificamos de manipulador actúa como mínimo conforme a una decena de características de la lista siguiente.

  1. Culpabiliza a los demás en nombre del vínculo familiar, de la amistad, del amor, de la conciencia profesional, etc.
  2. Traslada su responsabilidad a los demás o se desentiende de sus propias responsabilidades.
  3. No comunica claramente sus demandas, necesidades, sentimientos y opiniones.
  4. Responde muy a menudo de forma confusa.
  5. Cambia de opinión, de comportamiento y de sentimientos según las personas o las situaciones.
  6. Invoca razones lógicas para enmascarar sus demandas.
  7. Hace creer a los demás que tienen que ser perfectos, que no deben cambiar nunca de opinión, que deben saberlo todo y responder inmediatamente a las demandas y las preguntas.
  8. Pone en duda las cualidades, la competencia y la personalidad de los demás, critica sin parecer que lo hace, desvaloriza y juzga.
  9. Hace transmitir sus mensajes a otros o los comunica de forma indirecta (por teléfono en lugar de cara a cara, dejando notas escritas).
  10. Siembra cizaña y suscita sospechas, divide para reinar mejor y puede provocar la ruptura de una pareja.
  11. Sabe hacerse la víctima para que se le compadezca (enfermedad exagerada, entorno “difícil”, sobrecarga de trabajo, etc.).
  12. Hace caso omiso de las demandas (aun cuando dice ocuparse de ellas)
  13. Utiliza los principios morales de los demás para satisfacer sus necesidades (nociones de humanidad, caridad, racismo, “buena” o “mala” madre, etc.).
  14. Amenaza de forma encubierta o hace un chantaje abierto.
  15. Cambia radicalmente de tema en el transcurso de una conversación.
  16. Elude o rehuye las entrevistas y las reuniones.
  17. Cuenta con la ignorancia de los demás y hace creer en su superioridad.
  18. Miente.
  19. Falsea los hechos para averigua la verdad, deforma e interpreta.
  20. Es egocéntrico.
  21. Puede ser celoso aunque se trate de un pariente o un cónyuge.
  22. No soporta la crítica y niega la evidencia.
  23. No tiene en cuenta los derechos, las necesidades y los deseos de los demás.
  24. Espera frecuentemente hasta el último momento para pedir, ordenar o hacer actuar a los demás.
  25. Su discurso parece lógico y coherente, cuando sus actitudes, sus actos o su forma de vivir responden al esquema opuesto.
  26. Utiliza halagos para gustarnos, nos hace regalos o tiene muchas atenciones con nosotros.
  27. Produce un estado de malestar o una sensación de falta de libertad (trampa).
  28. Es absolutamente eficaz para lograr sus propios fines, pero a costa de los demás.
  29. Nos induce a hacer cosas que probablemente no haríamos por voluntad propia.
  30. Es constantemente objeto de conversación entre personas que lo conocen, aunque no se encuentre presente.

Após este breve apontamento, é de ler todos os artigos para se perceber o perfil de um abusador espiritual. Evite o medo, o receio e o temor, fale com o seu confidente, as autoridades, o seu amigo ou alguém que possa apoiar espiritualmente a sua caminhada. Evite a solidão e a recriminação.

Como dizia um dos maiores mestres espírituais da humanidade, Quem tem olhos que veja, quem tem ouvidos que ouça, quem tem boca que fale.



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