30.6.09

Mulheres sob pressão e violência são sinal de civilização decadente

Portugal assiste, impávido e sereno ao deambular de cerca de 20 mortes de mulheres por ano, vítimas de pressão, opressão, violência, estupro, desfiguração, assassinato, diversas formas de agressão.

Os tribunais são inúteis neste cenário, pois para além de uma ingenuidade atroz dos seus , cimentam tipologias de machismo obsoleto com as medidas ditas cautelares, que colocam as futuras vítimas à mercê dos seus algozes.

Os gabinetes de apoio à vítima são os contabilistas de serviço de uma máquina estatal de desrespeito contínuo de um terrorismo passional, que semeia terror e agressividade por onde passa e com as ferramentas mais diversas sobre as vítimas mulheres.

As sucessivas campanhas de publicidade institucional, sensibilizando para a opção da comunicação, a denúncia e a extroversão ao medo, esquecem o outro lado silencioso da psicologia e da vida do dia a dia da mulher vítima e dos seus filhos, quando sabemos bem que muitas vezes se sacrifica pelas suas crias, ao ponto de atentar o assassinato do parceiro agressor no limite e quando pode.

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