23.1.08

Desassossego

Porque me assalta este espírito inquieto, descontente com a natureza das coisas humanas e desumanas, olhando para o lado e vendo quem sabe mas não quer melhorar as coisas, vendo a medíocridade assaltar-nos, sem apelo nem agravo, desumana e airosa no seu passeio partidário, de quem quer lixar o país e transferi-lo para a míngua da pobreza de um povo grandioso, hoje arrastado na lama para a miséria!

Ventos de mudança insuportáveis, cheiro de chumbo e cal pairam no ar, dos putrefactos cadáveres que os corvos ralham sobre os corpos, destes assassinos da vontade gloriosa de vencer.

Nasci para realizar e com espírito de guerreiro, sem qualquer ambição desmedida para além do sustento e do amor, correria à chamada para qualquer terra em demanda, saltaria ao toque das trombetas no batalhar do fragor.

Sem glória nem brilho ou vontade, erguem-se mentirosos líderes do engano, coçam sua sarna nas costas dos partidários, escondem mazelas sob ameaças de rigor.

Na ditadura democrática do país, quem ousa a contradição da razão é amassado, sob o pilão dos favores secretos dos partidos, não fora a Europa e a fogueira estava ateada.

Sem projectos nem visão em demanda destas águas profundas do sul, emaranhados de redes nos afundam sem outra alternativa que a revolução, pacífica pois aos pobres assistirá o Universo, nesta maioria silenciosa em reconstrução.

Erguei-vos hoje contra a Besta, essa voraz assassina de vontades e ilusória bonança, qu'amanhã te agradecerão teus filhos, sobre o que fizerdes por eles e em esperança.

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