11.4.07

Crescer

Crescer

Sentido de ausência de ti deixa-me inquieto, intranquilo neste caminho a dois desejado por ambos, sofrido que foi naquelas vias de infortúnio trilhadas e sem correspondência de essência de verdade.

Ao longe, pressentimos nosso sentido único, de quem não volta atrás, apresar das correntes e âncoras da vida e das pessoas vividas; paixões e ilusões de tão certas que aparentavam ser, mastigadas pela voragem dos dias e trucidadas pela monotonia das suas faces e defeitos salientes, entre atropelos de personagens criadas dentro de si, encarnadas situações de telenovelas.

Expectativas de conhecermos melhor o nosso ser, ansiedade de entrar melhor no teu mundo e conhecer o reino da energia que me dás, alimentas sem eu ir à fonte, tão sedentos que estamos um do outro, por tudo aquilo que não vivemos...entrego-me aos prazeres simples de olhar os teus olhos bem de frente e a fundo, sentir a tua companhia, caminhar ao teu lado, remar a dois e orientar a nossa canoa por rumo aprumado ao horizonte.

Sem ti sinto-me alheado desta ferocidade de negócios, propostas e contra-propostas, necessidades urgentes de satisfação de apresentar trabalho feito por incapazes de ter ideias e apressados gestores com falta de consideração, faltas de carácter e compromissos assumidos sem retorno de mais valias
de desenvolvimento pessoal e humano; fazes-me sentir o sabor do bem estar, o odor a felicidade que receio ser breve pelas grilhetas de passados recentes, em passos titubiantes da descoberta e procura de algo menos incerto e mais sólido no encontro de duas pessoas que se querem, partilhando sonhos e infortúnios da vida.

Entrego-me a ti, Fada, sou teu, leva-me para o teu reino de sonho e realidade no amparo de nossos dias de glória e luz.

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